sexta-feira, 6 de junho de 2014

Coisas coisadas pelo destino ..



Que te dizer? Que te amo, que te esperarei um dia na rodoviária, num aeroporto, que te acredito, que consegues mexer dentro - dentro de mim? É tão pouco. Não te preocupa. O que acontece é sempre natural – se a gente tiver que se encontrar, aqui ou na China, a gente se encontra. Penso em você principalmente como minha possibilidade de paz - a única que pintou até agora, “nesta minha vida de retinas fatigadas”. E te espero. E te curto todos os dias. E te gosto. Muito.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Este é o problema da pessoa emotiva.


Não é que não queira entender, ou enxergar a verdade, ou aceitar a vida pelo simples valor que ela pode ter. O problema de quem sente demais é que, por trás do sentimento, quase sempre há uma cabeça que não pára, uma cabeça que há anos faz psicólogos e psiquiatras formarem carreira, ganharem dinheiro, serem chamados de doutor. Uma cabeça que pensa o tempo todo, noite e dia, enquanto dorme, come, fala, pensa, lê, assiste televisão, vai ao supermercado, faz prova, trabalha e transa. Nunca pára. (...)
A vida não é fácil pra ninguém, eu acho. Mas com certeza há pessoas que gastam muito mais tempo de vida pensando no que poderia ter sido, no que foi, no que será e em todas as coisas que ainda darão certo ou errado. Ao mesmo tempo que pensar demais em tudo faz com que você se conheça melhor do que ninguém – o que jamais pode ser uma coisa ruim, ou pode? – pensar demais também faz com que muitos momentos que deveriam apenas serem vividos, mais nada, sejam estragados por uma forte e incontrolável vontade de analisar o que não precisa de análise, de enfiar certezas onde não haviam dúvidas, de forçar barras consigo mesmo acabando exausto, encucado e, claro, cheio de perguntas sem resposta.
Ainda tenho um pouco de pena de quem não pensa em nada, mas invejo um pouco também a habilidade que os mesmos têm de passar pela vida mais leve. Ignorância pode sim ser uma dádiva. Fico triste, e um pouco chocada também, de ver que muitos outros que pensam, acabam excedendo na dose da dor, da auto flagelação, do tarja preta – que vêm na caixa, no copo ou na cabeça – que imobiliza os pensamentos pra propor algum sossego aos que pensam demais, mas paralisa também toda e qualquer real emoção.
A verdade é que ela, assim como eu, não teve nunca a opção de não pensar em nada. Minha cabeça, desde que eu me lembre, sempre foi bagunçada, colorida, ensurdecedoramente alta. Mas, hoje eu vejo, nada de mim seria o mesmo se eu tivesse passado minha vida toda no silêncio. Sim, eu provavelmente teria chorado muito menos lágrimas, arranjado muito menos brigas, mantido muito mais namorados e feito parte de muito mais turmas de amigos iguais (uns aos outros). Entretanto, tivera eu tido a oportunidade, ou talvez a falta de opção, de não pensar tanto, eu jamais estaria onde estou exatamente agora, dividindo minha vida exatamente com todas as pessoas que eu estou, abraçando meus defeitos nuns dias, e querendo encher a cara deles de porrada no outro, sabendo meus limites, descobrindo que quanto mais velha eu fico, mais eu percebo que eu sempre soube quem eu era, e claro, não fosse essa parafernália toda na minha cabeça, nenhuma das minhas dores, dos meus amores e das minhas análises sobre o mundo e as pessoas poderiam ter virado histórias pra contar. E vamos combinar, eu adoro escrever uma história.
Então é isso, antes louca do que muda. Minha caneta nunca vai parar. Amém.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Fim.


Como é complicado quando a gente ama. 

A gente doa tudo que tem e fica à mercê de um mundo desconhecido. 
Por diversas vezes falei pra mim mesma que estava na hora de parar de doar meu coração tão facilmente. Falei, falei e falei que precisava corrigir esse erro pra não sofrer novamente e adivinha? Sempre tenho que curar a ferida da próxima decepção! 
Meu coração é burro e minha consciência não gosta de mim. E não adianta tentar mudar as coisas, meu coração não corresponde aos meus comandos e minha consciência trabalha a favor de me ferrar mesmo... 
Me vejo diante de um novo dilema e, sinceramente, não sei nem se posso dar o próximo passo sem achar que isso irá me fazer sofrer mais do que já tenho sofrido. 
Eu não consigo chegar a uma conclusão que é tão óbvia! 
Na verdade, eu não quero reconhece-la.
As respostas das minhas tão grandes dúvidas estão escancaradas diante de mim, mas eu não quero pega-las. Eu não quero admiti-las! 
A gente nunca vai dar certo junto, eu sei. 
Embora a gente tenha tentado de todas as formas possíveis nos encaixarmos, não rolou o "impit" como já ouvi alguém dizer. 
Queria que tivesse dado certo, que o amor fosse maior que as diferenças, que nossos planos fossem tão intensos e bem  sonhados que nos servissem de alicerce para a vida à dois. Acreditei por todo esse tempo que daria para aceitar, embora não sem um pouco de questionamento; eu admito, que o quanto a gente é diferente seria empolgante pra estar junto. 
Eu sonhei com uma casa colorida, cheia de flores e crianças. Com cachorros, gatos, papagaio e afins fazendo barulho na manhã de domingo. 
Tá, eu sei que é clichê dizer tudo isso agora, mas é que aqui dentro tá doendo pra caramba. Sei também que tudo isso não importa pra você e não vai te fazer mudar de ideia. 
Puts! Eu quis tanta coisa! 
Quis te acordar no seu aniversário com um café na cama e te dar de presente o meu amor. Tão doce e tranquilo. Quis fazer amor com você em todos os cantos daquela casa que estávamos construindo juntos. Quis dançar com você naquela sala depois de um bom vinho e uma comida leve feita por nós dois. Quis dormir no seu peito e me sentir acalentada sabendo que estávamos protegidos assim, ali. Eu quis entrar naquela igreja e dizer um sim bem suave no seu ouvido e olhar pra quem amamos e perceber em seus olhares o quanto eles sonharam aquilo com a gente. Quis viajar com você pra qualquer lugar do mundo e tirar fotos felizes pra contar histórias aos nossos netos daqui 20 ou 30 anos. Quis gestar um filho seu e dividir o momento dia após dia, e ver em seus olhos o brilho de saber que a família cresceu e nunca mais estaremos sós. Quis te ver ninar essa criança e adormecer junto à ele, crente de que seu colo é tão protegedor que só ali ela estará segura.
Eu sonhei tanta coisa. Eu quis, e quis, e quis ..
Mas eu quis tudo sozinha. E sozinha nada disso poderá acontecer.
Não mais agora. Agora é só você, agora é só eu.
E cada um com o seu caminho, o seu plano, o seu sonho, a sua decisão.
Acreditei que nunca diria isso. Que nossa história teria começo, mas nunca teria fim.
Mas teve.

Fim.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Como você é ridícula, amor platônico é para adolescentes.

 
Lá fora há milhares de possibilidades de felicidade, de felicidades possíveis. De realidade. E você eternamente trancada na porta que o mundo fechou na sua cara. Fazendo questão de questionar e atentar o inexistente. Vá viver um grande amor! Olha, faça um favor para mim, antes de tremer as pernas pelo inconquistável e apagar as luzes do mundo por um único brilho falso, olhe dentro de você e pergunte: estupidez, masoquismo ou medo de viver de verdade?

Arrisquei e quero resultados!

 
O que a gente precisa na vida é aprender a vencer o medo da mudança sem olhar pra trás.
Mas, o que nos prende ao comodismo? Seria o medo de arriscar talvez? Sim, meu caro. O medo do inédito nos prende ao que temos e por conta disso, pouco mudamos. Eu, nos meus 23 anos de existência nessa vida, nunca me conformei com o comodismo. Se tem algo que eu abomino na minha vida é rotina. Rotina além de cansar, engorda. Nos deixa chatos, gordos e ranzinzas. O comodismo sempre me deixa deprimida... Acabo achando que o amor acabou, os amigos sumiram, a vida tá sem graça, parece dia nublado. Ai, como não gosto disso!!! 
O que eu gosto, de verdade, é de mudança. Gosto do inesperado! Do que te pega de suspresa e pede logo um pensamento rápido e uma decisão sem volta. É assim que a vida fica colorida. Mágica! Conformismo e aceitação nunca foram meus fortes, então eu arrisco uma coisa:
Eu arrisco ser feliz! Seja de que forma for ..
É só isso que eu quero agora. Quero amor. Quero paz interior. Quero paz exterior. Quero casa quente. Quero casa cheia. Quero abraço com saudade. Quero beijo inesperado. Quero presente caro. Quero jantar x-salada no barzinho ouvindo música relax. Quero viajar pelo mundo. Quero conhecer pessoas. Quero dormir. Quero acordar sorrindo. Quero alegria de criança. Quero dinheiro prás contas. Quero trabalhar feliz. Quero rir com amigos. Quero sorrir com quem me ama. Quero colo da mãe. Quero cafuné de quem me deseja. Quero tudo. E ainda não tenho quase nada.
Mais a coisa que eu mais quero, é estar bem comigo mesma.
Sem pressa de viver. Sem calma pra aceitar o pouco que me oferecem.
Quero alguém que me ame por inteira. Como eu realmente mereço ser amada.
Quando nos conformamos com "meio-amor", passamos à amar por dois. Porque "meio-amor" é "meio-desamor" também. É a realidade. E ela dói. Não quero mais "vou te amar depois das contas", depois dos problemas, depois de dormir, de acordar, de fazer tudo que tiver pra fazer. Não quero ser lembrada quando não houver mais nada à ser feito.
Quero alguém que lembre de mim quando acordar. Quando deitar. Quando sonhar. Quero alguém que me ame pela essência. Pelo caráter. Pelo carisma. Pela insistência. Pela teimosia. Pelo ciúmes. Pelo cuidado. Pelo carinho. Pela gratidão. Pelo empenho. E principalmente por ser tão simples como sou.
Tem gente que acha que desejo muito, e é pura verdade.
Tive muito pouco das pessoas que passaram pela minha vida. Pouco empenho. Pouco amor. Pouco cuidado. Pouco reconhecimento. Pouco tudo.
E nunca fiquei satisfeita. Não nasci pra pouco. Eu não dou pouco de mim e dos meus sentimentos à ninguém. Nunca achei que alguém merecia pouco. Pelo contrário, acho que posso dar muito de mim à qualquer pessoa. E sei também que marcarei a vida dela exatamente por isso. Pelo MUITO.
Ah, quer saber? Eu arrisquei mudar.
E agora vou colher os frutos dessa escolha:
Quer seja boa. Quer seja ruim.
 
Paguei pra ver.
 


Ele não sabe mais nada sobre mim.

 
 
 
Não sabe que o aperto no meu peito diminuiu, que meu cabelo cresceu, que os meus olhos estão menos melancólicos, mas que tenho estado quieta, calada, concentrada numa vida prática e sem aquela necessidade toda de ser amada. Ele não sabe quantos livros pude ler em algumas semanas. Não sabe quais são meus novos assuntos nem os filmes favoritos. Ele não sabe que a cada dia eu penso menos nele, mas que conservo alguma curiosidade em saber se o seu coração está mais tranqüilo, se seu cabelo mudou, se o seu olhar continua inquieto. Ele nem imagina quanta coisa pude planejar durante esses dias todos e como me isolei pra tentar organizar todos os meus projetos. Ele não sabe quantos amigos desapareceram desde que me desvencilhei da minha vida social intensa. Que tenho sentido mais sono e ainda assim, dormido pouco. Que tenho escrito mais no meu caderno de sonhos. Que aqui faz tanto frio, ele não sabe por mim. Ele não sabe que eu nunca mais me atentei pra saudade. Que simplesmente deixei de pensar em tudo que me parecia instável. Que aprendi a não sobrecarregar meu coração, este órgão tão nobre. Ele não sabe que eu entendi que se eu resolver a minha dor, ainda assim, poderei criar através da dor alheia sem precisar sofrer junto pra conceber um poema de cura. Hoje foi um dia em que percebi quanta coisa em mim mudou e ele não sabe sobre nada disso. Ele não sabe que tenho estado tão só sem a devastadora sensação de me sentir sozinha. Ele não sabe que desde que não compartilhamos mais nada sobre nós, eu tive que me tornar minha melhor companhia:
ele nem imagina que foi ele quem me ensinou esta alegria.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

De verdade, é simples assim ..


O que eu gosto de verdade, são das coisas simples e bonitas.
As coisas mais simples da vida, são as mais tocantes e as capazes de nos marcar de certa forma, que jamais esqueceremos.
Eu sou simples, tenho gostos simples e me encanto com o mínimo.
Meu negócio é pé no chão gelado, macarrão em dia de domingo, em cima do sofá com direito a gargalhada do molho que borra o canto da boca.. É brincar com os cachorros se fazendo um deles.. É rir desgrenhadamente como se fosse uma pamonha em dia de feira quando entendeu a piada 5 minutos depois.. É ser honesta comigo mesma em frente ao espelho quando me acho gorda demais e estou com roupa de menos.. É olhar pro meu amado e dizer que seu desodorante é como um sonífero.. É sorriso maroto quando se é pega fazendo arte, beijo na boca em filme de suspense .. É cosquinha na barriga ou beijo no pé! É brincar de ser alguém quando o assunto fica sério demais. É contar piada quando o outro não quer rir..
Não há nada no mundo que supere o simples.
Tem gente que tem gosto sofisticado, tem gosto refinado, mais não ama o que vem do nada. E nunca terá o prazer de dividir um sorvete com quem se ama por não ter dinheiro para dois.
A verdade é que, no simples ato de amar, se tem muito.
Se eu olhar pra trás, verei que fui mais feliz do que triste. E tive bastante dinheiro. Mas paguei mais conta do que gastei com bobagens. E por mais incrível que pareça, isso não me deixa nada frustada, pelo contrário, isso me deixa muito feliz e satisfeita ..
Posso ver que mesmo não tendo muitas opções de ter uma vida de puro luxo, fui feliz com um pedaço de bombom na páscoa recheado de amor e companheirismo ..
E quem teve isso?
Eu sou simples sabe. Simples.
Me cativa um beijo de boa noite. Um cafuné na hora do choro. Uma flor meio murcha, ainda assim tão linda porque veio de quem eu amo. Um lanchinho barato numa praça cheia de gente ..
Puxa vida, quando analisamos a nossa vida, compreendemos o quanto somos ricos.
E não é riqueza de dinheiro (porque essa até pode te fazer feliz, mais nunca vai te dar de fato o que dinheiro nenhum pode comprar; o amor) é riqueza de momentos bonitos, marcantes e o mais precioso: verdadeiro.
 
Eu sou simples. Gosto de ser simples. Gosto de ser EU.